Não há!
Não há! Canto assim tudo esquece
Do tempo que era contentamento
Pois livre não está o pensamento
Quando a manhã clara anoitece
Não há! Canto assim, mais enegrece
A alma já tanto enegrecida
Tudo que é beleza acontece
Bem distante de sua triste vida
Dela, apenas lhe é consentida
Parte que a memória deu guarida
Bem viva, crepita na recordação
Para que assim, ténue queixume
Avive, intensamente o lume
Sendo dela, eterno, o coração