SOMBRIO
Do meu corpo o sangue que se despoja
(a vida, em refluxo, dele se despeja)
suporta teus pés, e passeias e enojas
da morte real que enfim me desejas.
Sobre meu ataúde, a lágrima vadia
- o venturoso pranto em filete pela face -
trará a perversa imagem que se irradia
do exótico ritual vindo do teu disfarce.
E, à minha campa – derradeiro olhar -,
desviarás de teu alívio o sopro trivial
de lançar-me rosas mirras do funeral.
No adeus, notório alvitre de um beijo,
não denegues tua paixão – algum pesar – ,
quão me previra morto teu sombrio desejo.
Poema recolhido do livro “Gênese de Poemas InVersos”
Do meu corpo o sangue que se despoja
(a vida, em refluxo, dele se despeja)
suporta teus pés, e passeias e enojas
da morte real que enfim me desejas.
Sobre meu ataúde, a lágrima vadia
- o venturoso pranto em filete pela face -
trará a perversa imagem que se irradia
do exótico ritual vindo do teu disfarce.
E, à minha campa – derradeiro olhar -,
desviarás de teu alívio o sopro trivial
de lançar-me rosas mirras do funeral.
No adeus, notório alvitre de um beijo,
não denegues tua paixão – algum pesar – ,
quão me previra morto teu sombrio desejo.
Poema recolhido do livro “Gênese de Poemas InVersos”