Um desconhecido
Mais um rosto desconhecido,
É qualquer um, feio ou bonito.
Um rosto desdenhado e esquecido,
Que trás nos olhos o infinito.
Guarda dores de todos os mortais,
Vive como tu vives, vaga assim
Com os mesmos sonhos anormais,
Como se a vida não tivesse fim.
Um rosto anônimo e sofrido,
Que nunca foi desvendado,
Com um olhar meio aturdido.
Mais um na multidão, atarefado,
Nesse mar de gente, mar de almas,
Que leva consigo o mesmo fado.