Bocas

Boca tão pura a minha,

Aos teus lábios se acolhia,

E no esquecimento sozinha,

Recolhi-me em noite fria.

A frieza que espezinha,

Em outros tempos aprazia

O calor que agora definha

A mente na lembrança vazia.

Boca a tua traidora,

Dos beijos meus tão seus

E inanes quanto fora.

Boca onde unem-se os erros meus

aos de mais uma sonhadora,

Até o tempo de outro adeus.

05/01/2004

Dianaluz
Enviado por Dianaluz em 23/01/2007
Reeditado em 04/02/2007
Código do texto: T355805
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.