POR TRAS DAS GRADES
 

No cárcere da vida de algumas vidas
Por entre as grades quantos pensamentos!
São tantos pesadelos e arrependimentos
Que o corpo repousa na alma desiludida...

Soluçam o pranto que quer esconder,
Até esquecem que chorar é permito.
Não há quem ouça seu silencioso grito
Por traz das grades só há anoitecer...
 
Pensam em morrer, não há mais esperança,
Aquela triste vida não descansa;
Não há prisão maior do que a da alma.

 
Arrepender-se, pode não fazer diferença,
Lá fora, o sol não representa recompensa,
E se conforma a cumprir seu carma.