SONETO DE AMOR CORTÊS
À hora média, em que a tarde é mais acesa
e o sol faz teu olhar mais verdadeiro,
ali, sendo teu servo e cavaleiro,
mais anseio ser tua fortaleza
Quando um riso teu, 'inda que no instante
que temor enche a terra e o sol se inclina,
mal contém tua boca pequenina,
teu cais quero antes ser que teu amante
E de noite, entre afável e ardoroso,
se te ausentas, meu bem, dos braços meus,
vendo tanta saudade em teu adeus,
um farol quero ser em teu repouso
Para ti, meu amor, antes de tudo,
quero ser tua aurora e teu escudo
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