SONETO DE AMOR CORTÊS

À hora média, em que a tarde é mais acesa

e o sol faz teu olhar mais verdadeiro,

ali, sendo teu servo e cavaleiro,

mais anseio ser tua fortaleza

Quando um riso teu, 'inda que no instante

que temor enche a terra e o sol se inclina,

mal contém tua boca pequenina,

teu cais quero antes ser que teu amante

E de noite, entre afável e ardoroso,

se te ausentas, meu bem, dos braços meus,

vendo tanta saudade em teu adeus,

um farol quero ser em teu repouso

Para ti, meu amor, antes de tudo,

quero ser tua aurora e teu escudo

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WANDERSON MENDES MACHADO
Enviado por WANDERSON MENDES MACHADO em 15/03/2012
Código do texto: T3556222
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