ÁVIDAS GAIVOTAS
Talvez se tenha o verso a mim deixado
Como do cais se afasta o mar bravio,
Pra que as gaivotas ávidas, no cio,
Digam ao Condor: “És um poeta alado."
Mas penso que’ste dom que me foi dado
Voa como aves soltas no estio
Em busca d’água doce, noutro rio,
Rio que abraça e beija o mar salgado.
Vão-se os meus versos brandos, em revoadas,
Como as pombas aos pombais, aves ao ninho;
Aves revoltas, - pássaros feridos -.
Elas que vão e voltam, - as mal amadas -,
Poesias tristes que, a querer carinho,
Dão-se ao Condor e esquecem os seus maridos.
_______________
Ouça>
http://www.youtube.com/watch?v=onZ3W621-Ig
Talvez se tenha o verso a mim deixado
Como do cais se afasta o mar bravio,
Pra que as gaivotas ávidas, no cio,
Digam ao Condor: “És um poeta alado."
Mas penso que’ste dom que me foi dado
Voa como aves soltas no estio
Em busca d’água doce, noutro rio,
Rio que abraça e beija o mar salgado.
Vão-se os meus versos brandos, em revoadas,
Como as pombas aos pombais, aves ao ninho;
Aves revoltas, - pássaros feridos -.
Elas que vão e voltam, - as mal amadas -,
Poesias tristes que, a querer carinho,
Dão-se ao Condor e esquecem os seus maridos.
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