Atribulados
 
Avejões de luz, anjos de glórias e poder,
Seres impudicos de cabal convento
E herbáceas penitentes, fulguram o jazer
Na inconstância lúbrica dum só lamento.
 
Fulgores conspirados de vital momento...
Acendem-se em temores do sepulcro dever
Enternecido a morte. E traçam sentimento,
Do místico do claustro o inefável viver...
 
Cancelam apatia. Enganosos de esplendor
E de dosares complexos. Comungam em vão
Revelando em discórdia agonia e amor.
 
Cantam o fogo, luzes que quebram a aura;
E santificam o crepúsculo, de ardor e aflição
Nas pétalas impuras da fulgente gaura.
 
(Poeta Dolandmay)




Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 15/03/2012
Código do texto: T3555541
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