O FÉRETRO
Nesta tarde que tão triste e sombria;
Devagar, caminhando eu via um vulto,
Acima de um féretro frio, e ele me via,
A acompanhar o morto e aquele culto.
Distante da realidade eu entrava,
Nesta imagem do espírito encarnado,
Que na funesta marcha me ordenava,
Rezar para o corpo a ser sepultado.
Era um arrepio, e só eu ali o via em mistério,
Percorria minha alma como um cemitério...,
...E seu olhar a minha espinha gelando!
Na mente não era sonho ou falsidade,
E do vulto eu quis saber a verdade;
Descobri que ali estavam me enterrando!