O FÉRETRO

Nesta tarde que tão triste e sombria;

Devagar, caminhando eu via um vulto,

Acima de um féretro frio, e ele me via,

A acompanhar o morto e aquele culto.

Distante da realidade eu entrava,

Nesta imagem do espírito encarnado,

Que na funesta marcha me ordenava,

Rezar para o corpo a ser sepultado.

Era um arrepio, e só eu ali o via em mistério,

Percorria minha alma como um cemitério...,

...E seu olhar a minha espinha gelando!

Na mente não era sonho ou falsidade,

E do vulto eu quis saber a verdade;

Descobri que ali estavam me enterrando!

Setedados
Enviado por Setedados em 15/03/2012
Reeditado em 08/07/2012
Código do texto: T3555113
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