BUCOLISMO



Nos pobres versos que, feliz, componho,

Eu cantarei, confesso, a vida inteira,

A natureza, minha mãe primeira,

Feita de tons, de meio- tons, de sonho!...


Não pode haver, p’ra mim, versos sem sol,

Sem mar, sem luz, sem pássaros, sem brisa,

Sem flor desabrochando no arrebol,

Sem o cair da tarde que agoniza...


Presença ativa o mar terá, decerto...

Ardente caminhar pelo deserto...

Jornadas longas pelo  campo afora...


O céu eu fitarei, também estrelas,

sem nada conversar ou entendê-las,

Bilac que o fazia, foi-se embora...

Brasília (DF) , março de 2012
 

Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 14/03/2012
Reeditado em 16/05/2012
Código do texto: T3554038
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