Encontro
(Para Débora e Fábio Henrique)
Sou menina molhada que desliza
em cada uma das ondas sobre o mar
e cavalga o esforço muscular,
pois que surfar é arte bem precisa.
Numa manhã radiante vi meu par,
silhueta recortada contra a brisa,
a possibilidade inda imprecisa
de um convite certo pra ficar.
Ao longe no horizonte o sol é mancha,
a onda passa e, memória feita espuma,
chora o pranto do mar na minha prancha.
Ele veio. Eu era outra, fiquei uma.
Cada lágrima minha ele desmancha
e eu fico rindo já por coisa alguma.