COVA DERRADEIRA
COVA DERRADEIRA
Ando cambaleante nestas alamedas,
Guardado por estrelas brilhantes no céu,
Procuro por você e vejo teu mausoléu,
Há tempos não te visito nestas veredas.
Tristeza carrego alegria desprovido,
O tempo passou mas as lembranças brotam,
Escuto tua voz que em meus ouvidos sopram,
As memórias que me fazem comovido.
O clarão da Lua crescente que ilumina,
Desliza apagada acuidade no letreiro,
Ajuda na leitura o nobre coveiro.
Em tropeços a saudade me alucina,
Meu coração sente você altaneira,
Até mesmo nesta cova derradeira.