Águia
Edir Pina de Barros

Voar, voar nas asas de meus versos,
planar, qual águia,sobre campos, rios,
deixar os céus escuros – mais sombrios –
o raios, os rumores tão perversos;
 
eu quero a paz da plena infinitude
dos céus da poesia e seus segredos,
sobrevoar montanhas e rochedos,
sem nada que me prenda e a mim me escude;
 
desejo a paz de quem jamais sonhou,
e não sofreu a dor da nostalgia,
perdeu-se no seu véu espesso, gris,
 
Eu quero ser a própria harpia em voo
olhando para os campos da poesia
planando sobre os versos que não fiz.
 
Brasília, 13 de Março de 2012.
Livro: Sonetos Diversos, pg. 27
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 13/03/2012
Reeditado em 19/08/2020
Código do texto: T3551574
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