ESTRANHA MUTAÇÃO

Estranha mutação a morte encerra!
No peito aquieta o coração candente!
E a alma arranca, assim, abruptamente!
Ao pobre corpo que, afinal, rola por terra!...

Estranha mutação vem inspirar-me
e reunir neste meus pobres versos
os pensamentos meus, os mais dispersos,
a me envolver deveras e abraçar-me...

Sentir desejo a rigidez do morto!
Desfeitos sonhos frios, como o corpo!...
Quimeras, ilusões, também abrolhos...

E penetrar, assim, o imponderável
segredo milenar... indecifrável
com alma aberta e com cerrados olhos!...

Brasília (DF) março de 2012
Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 13/03/2012
Reeditado em 16/05/2012
Código do texto: T3551485
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