Soneto de todos os tempos
O tempo mata e destrói
A lembrança má do presente,
E retrata na pele e na mente
O passado que ainda corrói.
O tempo passa sem avisar,
Quer horas e dias da vida,
Trás consigo tristeza sofrida,
Das futuras dores a mitigar.
Os anos que foram são poucos,
Os que chegam serão parcos,
Talvez muitos, deveras loucos.
Esse tempo de lembranças
É metamorfose de todos sonhos,
Para as eternas crianças.