A moça na janela
Esbelta, linda, com um olhar profundo
No peitoril da janela debruçada...
Eu, timorato, à distância a vislumbro
Imerso numa paixão desenfreada
Quisera fosse uma feliz realidade
Esta sensação que sinto dentro do peito
Que me deixa um gostinho de saudade
E a me perguntar se amar assim é direito
Distante, ainda assim, eu me contento...
Pois, mesmo não a tendo materializada
Eu a tenho em pensamento
Nessa paixão incontrolável e imensa
Em que não há recíproca verdadeira
Eu me indago: amar desta forma compensa?