Do fundo à tona

No fundo daquela alma

Tem um sulco que engana

Tudo na superfície é calma

Turbilhão o fundo encana

O olhar perdido não revela

O leito,o espiral redemoinho

Sem direção se torna a vela

Se é a vela que perde o linho

Rodeios até alcançar o fundo

Piruetas até seriam divertidas

Se não fossem o fim do mundo

Gira a piorra, inverta sua vida

Tira a sombra, arranca sua lona

O “eu”vem bronzear-se à tona

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 12/03/2012
Reeditado em 12/03/2012
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