Do fundo à tona
No fundo daquela alma
Tem um sulco que engana
Tudo na superfície é calma
Turbilhão o fundo encana
O olhar perdido não revela
O leito,o espiral redemoinho
Sem direção se torna a vela
Se é a vela que perde o linho
Rodeios até alcançar o fundo
Piruetas até seriam divertidas
Se não fossem o fim do mundo
Gira a piorra, inverta sua vida
Tira a sombra, arranca sua lona
O “eu”vem bronzear-se à tona