Sonho

Nas embriagantes horas de Morfeu,

Vem-me quem amo, em sonho delirante,

Tão serena, tão pulcra, tão radiante,

Enchendo de esperança o peito meu.

Sonho puro, de alvura tão constante...

Sonho límpido, sonho de Morfeu...

Sonho belo qual música de Orfeu:

Ode àquela de angélico semblante.

Oh! delírios noturnos melindrosos,

Tão frágeis sois perante a luz d'aurora,

Quebrando em mil pesares dolorosos.

Mil pesares... me pesa tanto tê-los...

Deixai-me vis delírios! Ide embora!

Que mais quero inefáveis pesadelos!

Ivan Eugênio da Cunha
Enviado por Ivan Eugênio da Cunha em 11/03/2012
Reeditado em 24/10/2012
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