Entendimento dos meus Versos

Versos inspirados no seguinte soneto de Camões:

"Enquanto quis Fortuna que tivesse

Esperança de algum contentamento,

O gosto de um suave pensamento

Me fez que seus efeitos escrevesse.

Porém, temendo Amor que aviso desse

Minha escritura a algum juízo isento,

Escureceu-me o engenho co tormento,

Pera que seus enganos não dissesse.

Ó vos que Amor obriga a ser sujeitos

A diversas vontades! Quando lerdes

Num breve livro casos tão diversos,

Verdades puras são e não defeitos;

E sabei que, segundo o amor tiverdes,

Tereis o entendimento de meus versos"

(Camões)

E, através dele, ajudarei o leitor não a ter o entendimento dos meus versos, mas senti-lo...

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Leitor, busco passar-te tudo Aquilo

Que às vezes, na minh'Alma, faz-se ausente;

A buscar em tua Alma estar presente...

Andando entre tormentos tão tranquilo!

Busco teu Coração e, sem feri-lo,

Quero tocá-lo rúbido, silente!

Pera eu sentir Aquilo que se sente

Quando, ao Sentir, Verdades vêm medi-lo!

Nos tétricos Mementos que me tenho,

Com Doçura, atravesso uns Universos...

Entregue as Vibrações mútuas do Engenho!

Buscando a Vida, em Fatos controversos,

No Antro azul da Existência que detenho...

Eu vivo o Entendimento dos meus Versos!

*Decassílabos no ritmo heroico

11/03/2012

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 11/03/2012
Reeditado em 05/07/2012
Código do texto: T3547959
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