Da tua história, fiz-me enredo
Debruçada numa tarde sob a janela
contemplando o sol que se escondia
uma luz à minha frente se expandia
trazendo um cravo branco na lapela
Retratei aquela tua pictórica imagem
Guardei-a intácta, ó dúlcido segredo
Volta, me faz da tua história o enredo
Vem tirar-me da quimera desta miragem
Com vestes alvas, à frente daquele altar
contemplei aquele mesmo cravo branco
dizendo Sim, segurando minhas mãos
Em teus braços, meu Sim entreguei enfim
Do nosso corpo fizemos porta-retrato
das marcas de um segredo, agora sem recato