Da tua história, fiz-me enredo


Debruçada numa tarde sob a janela
contemplando o sol que se escondia
uma luz à minha frente se expandia
trazendo um cravo branco na lapela

Retratei aquela tua pictórica imagem
Guardei-a intácta, ó dúlcido segredo
Volta, me faz da tua história o enredo
Vem tirar-me da quimera desta miragem

Com vestes alvas, à frente daquele altar 
contemplei aquele mesmo cravo branco
dizendo Sim, segurando minhas mãos 

Em teus braços, meu Sim entreguei enfim
Do nosso corpo fizemos porta-retrato
das marcas de um segredo, agora sem recato
 




 
 
Maria Celene Almeida
Enviado por Maria Celene Almeida em 11/03/2012
Reeditado em 18/03/2012
Código do texto: T3547498
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