A BORBOLETA E O HOMEM.
soneto-57.
Voa mui feliz a pousar de flor em flor,
Livre sem sentir qualquer inquietação,
Diferente do homem, não sofre por amor,
E nem percebe a dor de uma desilusão.
Não tem planos e nenhuma aspiração,
Tem ela o seu lar entre as lindas flores,
Dura puramente apenas uma estação,
E sem entender possui muitos amores.
Quanto ao homem ser de sapiensa,
Provido e repleto de tanta inteligência,
Há esse simples animalzinho é inferior.
Sabe viver metido em plena insensatez,
Faz da loucura a sua estranha lucidez,
É capaz de matar em nome do amor.
Cosme B Araujo.
10/03/2012.