Soneto do amor fútil

Amor é fogo que apaga sem se ver

É algo vivo e que não se sente

É um sentimento não onipotente

É planta que morre sem crescer

É um não viver mais que bem morrer

É corsário por entre a gente

É um sim mesmo que descontente

É andar com medo de se perder

É estar preso por contra vontade

É servir sem idôneo fervor

É crescer sem capacidade

Mas como tudo tem o seu valor

O que dizer do corão da humanidade

Se tão igual a si é o amor?

denizar pires
Enviado por denizar pires em 10/03/2012
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