Soneto do amor fútil
Amor é fogo que apaga sem se ver
É algo vivo e que não se sente
É um sentimento não onipotente
É planta que morre sem crescer
É um não viver mais que bem morrer
É corsário por entre a gente
É um sim mesmo que descontente
É andar com medo de se perder
É estar preso por contra vontade
É servir sem idôneo fervor
É crescer sem capacidade
Mas como tudo tem o seu valor
O que dizer do corão da humanidade
Se tão igual a si é o amor?