Entre as cortinas do tempo
Entre as cortinas do tempo
Jorge Linhaça
Entre as cortinas celestes do tempo
Voa minh'alma revendo o passado
Aqui e acolá revejo os eventos
Que se ajuntam compondo meu fado
De tudo que fiz, somente lamento
Não ter eu sempre em tudo acertado
Não ter voado nas asas do vento
Não ter raizes no solo fincado
Mas minha sina tornou-me poeta
E o poeta é um sonhador
Que se entrega à sua paixão
Buscando a rima , a forma mais certa
De fazer versos qual um trovador
Mente na lua, pés fora do chão
Salvador, 9 de março de 2012