SONETO DA MORTE

Falta-me o ar, pulmão que não vence

Minha lágrimas de súplica, carne fria

Pranto incrédulo que nunca convence

E minha retina escurece, nem noite, nem dia

Cheiro de cravos de defunto me pertence

Não existem horas, nem prata, nem apatia

Sou o que não existe aos vivos, me avence

Nesta desavença do infortúnio, não ria!

Nem de meus vermes faça tão pouco

Tenho mais que tuas traições vivas

Tenho bem mais que teu amor rouco

Que tuas chagas ainda bem ativas

As minhas apodreceram apouco

Sou ossos e carniça, cadáver que cativas.

Lord Brainron

lordbyron
Enviado por lordbyron em 09/03/2012
Código do texto: T3544714
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