SONETO DA MORTE
Falta-me o ar, pulmão que não vence
Minha lágrimas de súplica, carne fria
Pranto incrédulo que nunca convence
E minha retina escurece, nem noite, nem dia
Cheiro de cravos de defunto me pertence
Não existem horas, nem prata, nem apatia
Sou o que não existe aos vivos, me avence
Nesta desavença do infortúnio, não ria!
Nem de meus vermes faça tão pouco
Tenho mais que tuas traições vivas
Tenho bem mais que teu amor rouco
Que tuas chagas ainda bem ativas
As minhas apodreceram apouco
Sou ossos e carniça, cadáver que cativas.
Lord Brainron