DESILUSÃO
O que não veio destruiu meu tempo
Matou meus sonhos, desfez a ilusão
Martirizou de dor meu louco coração
Se fez vazio, campo ao contratempo.
Fiquei suspensa frente à sensação
Do que seria, sem contudo ser
Hoje percebo inútil padecer
Na fantasia ao que pensei, mas não!
Agora resta este suspiro vago
Olhar tristonho em considerações
Num lamentar de perdidos verões...
Melhor seguir sem mais pensar no estrago
Deixar de vez indagações banais
Sobre a ilusão... Fugir! Não mais sonhar... Não mais!