DESILUSÃO

O que não veio destruiu meu tempo

Matou meus sonhos, desfez a ilusão

Martirizou de dor meu louco coração

Se fez vazio, campo ao contratempo.

Fiquei suspensa frente à sensação

Do que seria, sem contudo ser

Hoje percebo inútil padecer

Na fantasia ao que pensei, mas não!

Agora resta este suspiro vago

Olhar tristonho em considerações

Num lamentar de perdidos verões...

Melhor seguir sem mais pensar no estrago

Deixar de vez indagações banais

Sobre a ilusão... Fugir! Não mais sonhar... Não mais!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 09/03/2012
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