BOLERO Odir Milanez O meu estro se estroça pouco a pouco, dês que o verso, sem verve, se esvazia. As musas já não ouço. Elas tampouco. O meu soneto perde a primazia. Penso, não penso e pauso, qual um louco de mente opaca, quase que vazia. Do vento só escuto o ronco rouco, fala nenhuma fala fantasia! Amor não serve mais, não mais espero. Chamei por tantos... Todos se calaram! Não há mais tema. Os temas terminaram. Se os temas de amor pra mim findaram, por ainda te amar, canto um bolero; “Yo quiero demonstrar por qué te quiero!” JPessoa/PB 09.03.2012 oklima
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