À ESPERA

Se me vires sozinho com o olhar perdido no horizonte,

Peço-te que não zombes de minha triste solidão.

É que tenho esperanças que surjas detrás de um monte

E venha trazer um alento pro meu pobre coração.

Dia destes ao surgir um brilho nas águas da fonte,

Por um momento senti o peito palpitar de emoção;

Imaginei que fosse o reflexo de tua bela fronte,

Mas pra minha tristeza era a lua que surgia na escuridão.

Todos os dias te espero desde o albor da aurora.

Até mesmo depois que o sol poente vai-se embora,

Continuo te esperando em companhia da lua.

Mesmo cansado por essa tua infinita demora,

Só deixarei essa vigília quando vieres, linda senhora,

E eu puder partir com minha mão unida à tua.

Ronaldo de Oliveira
Enviado por Ronaldo de Oliveira em 21/01/2007
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