A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
“Nosso amigo Lázaro dorme (...) Chegou pois, Jesus e encontrou-o já há quatro dias no sepulcro.(...) Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.(...)”
E quantos não serão os Lázaros do mundo
Que por acaso hospedam uma vida latente,
Aguardando que chegue um Jesus ausente,
Que venha despertá-los do sono profundo?
Quantos não vivem em sonolenta estultice,
Sem saber que já estão na verdade mortos,
Só encerrados em seus enfeitados esquifes,
As caixas andantes que são os seus corpos?
O que essa metáfora do Lázaro nos ensina?
Que a morte não passa de um sono aparente,
E a vida apenas um sonho bom que termina.
Todo aquele que dorme pode ser acordado,
Já que a vida do espírito é fluir permanente,
E só interrompe quando se vive em pecado.