Noite sem lua
E fez-se noite em mim, depois que tu partiste,
e triste está o céu e a lua foi-se embora,
agora estou, assim, com essa dor que insiste,
resiste e põe-me o véu da mais tristonha aurora.
Senhora de meu ser – com dedo sempre em riste –
assiste o meu penar, a dor que em mim enflora,
devora a minha luz, tornando-me mais triste,
insiste em me ferir, sangrar com dura espora.
Agora amargo o fel, que a mim, me tens imposto,
desgosto de viver na escuridão, sem lua,
atua sobre o amor, que busco, por suposto.
Agosto sem luar e andejo só na rua,
tatua a minha tez as marcas do desgosto,
no rosto, a minha dor, está exposta, nua.
Brasília, 07 de Março de 2012.
Seivas d'alma, pg. 84
E fez-se noite em mim, depois que tu partiste,
e triste está o céu e a lua foi-se embora,
agora estou, assim, com essa dor que insiste,
resiste e põe-me o véu da mais tristonha aurora.
Senhora de meu ser – com dedo sempre em riste –
assiste o meu penar, a dor que em mim enflora,
devora a minha luz, tornando-me mais triste,
insiste em me ferir, sangrar com dura espora.
Agora amargo o fel, que a mim, me tens imposto,
desgosto de viver na escuridão, sem lua,
atua sobre o amor, que busco, por suposto.
Agosto sem luar e andejo só na rua,
tatua a minha tez as marcas do desgosto,
no rosto, a minha dor, está exposta, nua.
Brasília, 07 de Março de 2012.
Seivas d'alma, pg. 84