Monólogo de Um Filósofo
Migram em constelações distantes as estrelas nômades
De um universo bifocal ante as lacrimejantes íris fascinadas
Como se tais galáxias trocassem presentes entre cônjuges
E os quasares não revelassem absolutamente nada
É noite num pequeno terceiro planeta de uma galáxia qualquer
Dentre tantas vidas e espécies um específico homem relembra uma mulher
Enquanto gotas serenas de chuva noturna amenizam o calor infernal
De um mal voraz batizado pelos nativos de aquecimento global
E entre as pilhas de sucatas destroçadas sob o arrebol do amanhecer
Abre os negros olhos nacos de quem logo percebe não perceber
A resposta lógica para igual distância em anos-luz...
Que o tempo é como um trem que nunca volta, às vezes revolta
E as mais inortodoxas respostas sobre o tudo e o que obtê-las
Não lhe dão os porquês da imigração de sua agora nômade estrela!