"VIDA QUE LEVA À VIDA"
Ainda não tirei proveitos por contumazes razões
Da vida que recebi e assumo porquanto exista.
Eu lhe tenho em honra embora a ela insista
O furor das vidas permitido ao tédio das ilusões.
Ainda não procurei proveitos por inquestionáveis motivos
Desta minha vida que acostumei em tê-la companheira.
Eu lhe faço amiga mesmo que estando prisioneira
Das tempestivas cargas deste mundo em incentivos.
Ainda não percebi proveitos por nítida convicção
Nesta vida farta que me aglutinei sabê-la alternativa.
Eu a tenho aficionada, mesmo que seja uma aprovação.
Ainda não quero proveitos nem mesmo porque seja consumitiva
Esta vida de glórias que me completa o âmago da personificação.
Eu só a quero por caminho que me levará à vida definitiva.
(ARO. 1999)