Audaz Viajante

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Assento-me, pensativo, nas escadas

Qu'ascendem ao santuário da saudade.

De subi-las é mui escassa a vontade,

Antes deambular por ermas estradas,

Ou prados, sonhando vidas douradas,

Afastado da balbúrdia da cidade;

Ventos de ventura, de suavidade

Assoprando menta nas madrugadas.

Não. Que se dane a saudade. Lembrar,

Lembrar o tanto que se quis amar

E depois o ruir do céu de quem sonha.

À estrada rumarei, audaz viajante,

Gozando a liberdade por amante,

Com face acesa, dourada e risonha.

Adrianus
Enviado por Adrianus em 07/03/2012
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