SEM PISTA
Sim, eu te amo, mas não deixo pista
Pois sei do preço de tornar aberto
O sentimento que já bem desperto
Desenha um riso e garante a conquista.
Não é por nada, coisa de anarquista
Que age contra o que se faz de praxe
Fique tranquilo, querido e relaxe
Na sua hora a confissão sadista.
Mas se te amo, por hora, o segredo
Só por capricho, isenta de algum medo
Te deixo assim, interrogando as luas
Para saber se as juras serão tuas
Se sem perigo de ser meu brinquedo
Possas te ver comigo em mil folguedos.