SEM PISTA

Sim, eu te amo, mas não deixo pista

Pois sei do preço de tornar aberto

O sentimento que já bem desperto

Desenha um riso e garante a conquista.

Não é por nada, coisa de anarquista

Que age contra o que se faz de praxe

Fique tranquilo, querido e relaxe

Na sua hora a confissão sadista.

Mas se te amo, por hora, o segredo

Só por capricho, isenta de algum medo

Te deixo assim, interrogando as luas

Para saber se as juras serão tuas

Se sem perigo de ser meu brinquedo

Possas te ver comigo em mil folguedos.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 05/03/2012
Código do texto: T3537349