Sobre a Cegueira:
Sobre a Cegueira:
Jorge Linhaça
Muitos achamos que só há cegueira
Quando os olhos não veem o mundo
Tudo é escuro, um negro profundo
Tal qual o carvão depois da fogueira
Mas a cegueira, maior, verdadeira
Essa nos deixa o céu contemplar
Deixa-nos ver os barquinhos no mar
e as muitas faces, alegres, brejeiras
Não é o corpo que dela padece
Mas nossa alma que finge não ver
nada daquilo que não dá prazer
É o amor que em nós esmorece
e segue as trevas deixando a luz
quando o mundo assim nos seduz
Salvador, 5 de março de 2012
Sobre a Cegueira:
Jorge Linhaça
Muitos achamos que só há cegueira
Quando os olhos não veem o mundo
Tudo é escuro, um negro profundo
Tal qual o carvão depois da fogueira
Mas a cegueira, maior, verdadeira
Essa nos deixa o céu contemplar
Deixa-nos ver os barquinhos no mar
e as muitas faces, alegres, brejeiras
Não é o corpo que dela padece
Mas nossa alma que finge não ver
nada daquilo que não dá prazer
É o amor que em nós esmorece
e segue as trevas deixando a luz
quando o mundo assim nos seduz
Salvador, 5 de março de 2012