Ovelha Perdida
Ovelha Perdida
Jorge Linhaça
Sou eu , Senhor, a ovelha perdida
Que entre as trevas de ti já me disto
Ando errante tão longe do aprisco
Querem os lobos tirar-me a vida
Não me permitas, Senhor, ser ferida
Livra-m'agora de tão grande risco
Pois que sozinha sei que não resisto
Longe, perdida, sem tua guarida
Guia-me , ó Mestre, de volta ao rebanho
Livrai-me a alma de triste destino
Mostra-me a trilha em que andei antanho
Perdoa , ó Mestre, o meu desatino
Pois que nas trevas não há nenhum ganho
Só as miragens do mal tão ferino
Salvador, 3 de março de 2012