TEU ROSTO SOB O IGARAPÉ
Há tempo, estou a seguir doce trilha,
Desviando-me d’espinhos e de cipós;
Seguindo o teu olhar que ainda brilha,
E ilumina esta trilha, que faço tão só!
Caminho sobre as folhas umedecidas,
Qual um vagalume sob o clarão da lua;
Folhas úmidas, em noites mal dormidas,
Pelas lágrimas caídas, de saudade tua.
A minh’ alma não desiste. Mas ofegante,
Sobre as folhas úmidas, segue adiante,
E, em ver o teu rosto, jamais perde a fé!
De repente, neste coração, o nó desata,
No meu peito uma lágrima corta a mata,
Então, percebo o teu rosto sob o igarapé.