Flores Mortas

Sempre lá, quando olho para o passado

Como um fantasma sem sombra

Sonho bom, que me assombra

lembrança que me deixa atordoado

as sete letras do nome dela

e o lenço com o perfume dissipado

num retrato cinza e desgastado

do que ja fora uma aquarela

As palavras que nunca ditas

misturam-se as pronunciadas

nas cinzas de nossas fotos queimadas

Palavras das cartas jamais escritas

Na minha mente, vivem como parasitas

São flores mortas, a ela, endereçadas

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 03/03/2012
Reeditado em 05/03/2012
Código do texto: T3532039
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.