Flores Mortas
Sempre lá, quando olho para o passado
Como um fantasma sem sombra
Sonho bom, que me assombra
lembrança que me deixa atordoado
as sete letras do nome dela
e o lenço com o perfume dissipado
num retrato cinza e desgastado
do que ja fora uma aquarela
As palavras que nunca ditas
misturam-se as pronunciadas
nas cinzas de nossas fotos queimadas
Palavras das cartas jamais escritas
Na minha mente, vivem como parasitas
São flores mortas, a ela, endereçadas