Impotência
Jogados nas calçadas desta vida,
perdidos de si mesmos, sem destino,
nas garras de seu vício tão felino,
que sangra, sem cessar, voraz ferida.
Eu fico a questionar, também perdida,
em meio a tanta dor e desatino,
o que será dos jovens, do menino
refém de traficantes, sem guarida.
Ai! Mães e pais que sofrem tais sangrias
perdendo para o crack suas crias
que morrem pelos becos da impotência.
Oh! Deus! Como conter a mão que mata?
A dura mão, que sem pudor, desata
os laços construídos na inocência.
Brasília, 2 de Março de 2012.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 54
Jogados nas calçadas desta vida,
perdidos de si mesmos, sem destino,
nas garras de seu vício tão felino,
que sangra, sem cessar, voraz ferida.
Eu fico a questionar, também perdida,
em meio a tanta dor e desatino,
o que será dos jovens, do menino
refém de traficantes, sem guarida.
Ai! Mães e pais que sofrem tais sangrias
perdendo para o crack suas crias
que morrem pelos becos da impotência.
Oh! Deus! Como conter a mão que mata?
A dura mão, que sem pudor, desata
os laços construídos na inocência.
Brasília, 2 de Março de 2012.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 54