Eternidade...
Ó pai celeste que nos guia
Em ti, teu bordão e teu cajado
Nos eternos salmos que ainda soía
Roga humilde o mero desgarrado
Presente na difusão dos clérigos
Avesso à racionalidade humana
Admoestando pensar em sucessos
Contíguo da solidão profana
Dos que me cercam malta de rábulas
Lânguido e frígido desta vida
Perante as penosidades enfrentadas
Respaldar-me-á intrepidez vital
Livrai-me das ímpias heregias
Deste precativo cordeiro angelical
***
Dezembro de 1999.