No Reino da Escuridão

Na abissal Fúria de trevas estéreis

Habita um demônio de nome Snefro

Pestes deletérias loucas são um número

Chagas abertas certas sangram os reis.

Vítimas aos montes rastejam tétricas

Um mal triste e quase sempre suicido

Cuspindo ódio no escuro um ouvido

Quero morrer não posso em vozes céticas.

Tua língua de fogo pelo caminho

Listras infames neste descaminho

Desejos espiados pelo meu prazer.

Um anjo torto como uma turva noite

Nas bocas hiantes o som do açoite

Mas essa lua escura de tanto querer...

Obs. Dedicado a todos que leram e comprenderam Rimbaud!!!

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 01/03/2012
Código do texto: T3529114
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