No Reino da Escuridão
Na abissal Fúria de trevas estéreis
Habita um demônio de nome Snefro
Pestes deletérias loucas são um número
Chagas abertas certas sangram os reis.
Vítimas aos montes rastejam tétricas
Um mal triste e quase sempre suicido
Cuspindo ódio no escuro um ouvido
Quero morrer não posso em vozes céticas.
Tua língua de fogo pelo caminho
Listras infames neste descaminho
Desejos espiados pelo meu prazer.
Um anjo torto como uma turva noite
Nas bocas hiantes o som do açoite
Mas essa lua escura de tanto querer...
Obs. Dedicado a todos que leram e comprenderam Rimbaud!!!