TURBULÊNCIA
Já me encontrei perdida em meio à turba.
Mal me trouxe de volta até meu canto,
já me perdi em vã tristeza e, tanto,
sem superar a dor que me perturba,
e não me vi, senão com grande espanto,
sorver da paz. Basta que o tempo urda,
na solidão de uma esperança surda,
um mal de amor: -Dizer, eu não sei quanto!
Não sei contar sobre a descida ao poço,
mas ao puxar a corda e ver a draga
faltou vontade de beber tal água.
A grande sede, bem contida, trago-a,
enquanto aguardo - a sorte me naufraga -
não mais me perco por um gosto insosso.
Nilzaazzi.blogspot.com.br