Vinte e Nove de Fevereiro

Mesquinhez embrutecida e humana

Homens que furtam para enriquecer

Mortos com vida mecânica a tecer

Tecido destituindo o sentido engana.

Nos dias que se arrastam na morte

Sem sorte da vida sofrida padece

No inferno da vida a morte tece

Viagem ao fim das trevas um norte.

Piorando a cada segundo na dor aguda

E muda da desdita maldita carcome

Nas víboras céticas a ética que some.

Abissais da noite do humano insano

Fúrias que castigam o ser ufano

No prato o veneno diário que lida.

Obs. Dedicado a uma suicida qualquer deste dia que só se repete a cada vinte e oito anos numa quarta feira.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 29/02/2012
Código do texto: T3527004
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