Sétimo Dia
Domingo... Nubiloso e solitário...
Ninguém a transitar, ninguém que passa...
Somente os pombos soltos pela praça
Ciscando ao calçamento centenário.
O vento que nos plátanos perpassa
Consigo traz o treno mortuário,
De um sino a lamentar no campanário,
Numa oração sacral que tudo enlaça.
Hora suprema do Ângelus! Divina!
O sol além dos arcos se declina
Morrendo nos outeiros enevoados...
Da igreja, apenas vozes sussurrantes,
Os sons das badaladas tão ecoantes,
E os salmos de uma missa de finados...
29/31 de Janeiro de 2012
*Decassílabos.