Sétimo Dia

Domingo... Nubiloso e solitário...

Ninguém a transitar, ninguém que passa...

Somente os pombos soltos pela praça

Ciscando ao calçamento centenário.

O vento que nos plátanos perpassa

Consigo traz o treno mortuário,

De um sino a lamentar no campanário,

Numa oração sacral que tudo enlaça.

Hora suprema do Ângelus! Divina!

O sol além dos arcos se declina

Morrendo nos outeiros enevoados...

Da igreja, apenas vozes sussurrantes,

Os sons das badaladas tão ecoantes,

E os salmos de uma missa de finados...

29/31 de Janeiro de 2012

*Decassílabos.

Derek Castro
Enviado por Derek Castro em 29/02/2012
Reeditado em 28/07/2017
Código do texto: T3526861
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