MARIA MAGDALENA
MARIA MAGDALENA.
Já se faz poente o sol nos montes da Cesaréia
Encurvada surge a jovem que sai da tenda marrom
Como as aves de rapinas sobre o mar da Galiléia.
Ergue os braços e alça vôo em direção a Hebron
É mercadora de amor nas rudes hostes romanas.
Vai com freqüência servir as tropas dos regimentos
Deleita-se, sim com o vinho, o pão em ceias profanas,
Sorrindo cai na orgia com rudes lobos sedentos.
E, lava o corpo aguerrido nas águas do ribeirinho.
Deitada em tapetes persas e travesseiros de penas
Descansa o corpo moreno depois da luxuria insana.
Na manhã segue alquebrada devagar pelo caminho.
Entoca-se na tenda tosca rodeada de falenas.
Satisfaz-se ao sabor de uma vida leviana.