A PAIXÃO QUE EM MIM HABITA
Diante dum sorriso cândido de marfim,
Fremente olhar, fito sentindo o vento,
Sobe uma forte sensação dentro de mim;
E um etéreo e casto pensamento.
Mas quando a vi maneando bela assim,
Parou o sol, parou a terra um momento,
Para ve-la passar encantando, enfim,
Alguns felizes e outros em tormento.
Mas quando abria o seu angélico sorriso
Me saudando com um olhar indeciso,
Mal sabendo ela como o meu coração palpita.
Ao ver luzídia a sua áurea doirada
Que se fundia com a manhã iluminada
Pelo sol da paixão que em mim habita.
(YEHORAM)