DECOMPOSTO
O orgulho escorreu pela parede
A honra que eu não tive, vejo morta...
Deitada e fétida na minha porta
No meu pensar deturpado e com sede
Ai! Eu disse. Chamo-te e digo: - Vede!
Quão triste criatura, se entorta
O peito sente falta do que conforta
E me esfria no balançar da rede
Minha identificação frustrada
Sinto ser ninguém, sinto-me um nada
Onde estão os sonhos da infância?
Sem você por perto, minha amada
Sem o doce encanto da minha fada
Decomponho minha pobre substância.