VERTIGEM
 
Passei por ti, junto à calçada, ao acaso.
Nossos olhos cruzaram o caminho
Que nos levou ao encontro, no ocaso.
Nossas vidas perdidas, sem carinho...
 
Profanei, assim, teu templo por tocar – te;
Afagando, com minhas mãos cenosas,
O teu rosto sublime como a neve;
Descobrindo, no instinto, teu regaço...
 
Tuas mãos impregnadas com pecados...
Repulsas o momento em que, por acaso,
Te conheci  à sombra de uma acácia...
 
As minhas esperanças nuas imersas
Em um rio de águas salgadas
Cuja nascente são meus olhos  (lágrimas)...
 

Diógenes Jacó, Araripina, 27/02/12.
Wlads
Enviado por Wlads em 27/02/2012
Reeditado em 27/02/2012
Código do texto: T3523429
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.