SONETO DE UM AMOR SEM CHANCE
SONETO DE UM AMOR SEM CHANCE
Monopolizo a lua das luas e dispo-a num sol de gelo
Na consciência de uma desesperança sem modelo
Afago o amor por uma ninfa fora do meu alcance
E nessa dor de paz golfo a ânsia de um enlace sem chance.
A bússola encravada no meio do meu peito
Norteia-me na solidão dos meus libidinosos anseios.
E na vaga dos teus lábios minha língua é o teu estreito
E o projétil, sonha armar-se para adentrar pelos teus meios.
Oh! Quão tormentosa é essa distancia que jaz há anos luz.
Nado em um cosmo sem ar para poluir tua virtude estrelar
E no teu cálice, quero a insônia para no teu colo gravitar.
Os meus sentidos estão despojados de razão!
Há tantos espermatozóides em minha mente
Que por telepatia polinizarei teu óvulo inocente.
CHICO DE ARRUDA.