NÃO SEI
Tenho saudade, não sei bem do quê:
De alguém que acaso (nunca) conheci,
Ou de alguma época que (não) vivi;
Saudade que não posso compreender...
Sinto uma ânsia em todo anoitecer:
Vontade de correr e de sumir
Ou de vomitar tudo o que engoli;
Me encontrar de uma vez ou me esconder...
Eu não quero minha realidade,
Tampouco quero um viver tão monótono.
Quero a primavera, quero o outono:
Sou bem assim, toda essa ambiguidade...
Dói meu peito, o tempo assoberbado:
Acho que é saudade do meu bordado...
Tenho saudade, não sei bem do quê:
De alguém que acaso (nunca) conheci,
Ou de alguma época que (não) vivi;
Saudade que não posso compreender...
Sinto uma ânsia em todo anoitecer:
Vontade de correr e de sumir
Ou de vomitar tudo o que engoli;
Me encontrar de uma vez ou me esconder...
Eu não quero minha realidade,
Tampouco quero um viver tão monótono.
Quero a primavera, quero o outono:
Sou bem assim, toda essa ambiguidade...
Dói meu peito, o tempo assoberbado:
Acho que é saudade do meu bordado...
Fotos da autora
Inteligente interação do poeta Lucas Kind. Obrigada, meu caro, por abrilhantar esta página!
Quando a saudade arde no peito
Ainda mais de quem não se conhece
Gera um sentimento que padece
Conjugando pretérito imperfeito
Essa ânsia que te atormenta
Da madrugada ao clarear do dia
Não te larga nem com simpatia
Mas tu és forte, o coração aguenta
Vives assim nesse paradoxo
Monótona vida acelerada
Apegada ao teu jeito ortodoxo
Apesar desses versos complexos
Queira também verão e primavera
Ao sabor de equinócios reflexos!
publicado também no meu site