Meu Carnaval
Tuas curvas são alegorias em movimento na passarela,
O que há de mais belo nos mensais de fevereiro,
O se vê, admira, e deseja na aquarela
Dos dias de um ano inteiro!
Não se perde as minúcias dos detalhes da forma,
A arquitetura da natureza voluntária,
Aquela que te fez formosa,
Minha estátua...
Minha Atenas, só eu digo: “Afrodite”!
De todas, a única que desejo incólume para mim,
Porque somente se pode tê-la se Deus do céu permite!
E assim o ego se dissipa para reverência de atenção,
No bailado garrido que se faz a tua pessoa,
E tua mão beijo por casta afeição!